5 conselhos para sobreviver a tempos difíceis


Quando as coisas não param de dar errado, é muito difícil manter a calma e não jogar a toalha. O medo e o desespero vêm como ondas em uma tempestade que não parece ter fim. Como se acalmar e continuar vivendo? Nós, do Estranho Planeta, temos alguns conselhos:

1. Aprenda a ser alegre

Nossa capacidade de encontrar a alegria não é mais que um costume. «Se você não consegue ver a parte boa em uma determinada situação e pensa apenas na parte ruim, no seu cérebro não haverá conexões que se encarreguem das boas notícias», diz a psicoterapeuta Philippa Perry, autor do livro «Como estar mentalmente equilibrado». Se o cérebro não está acostumado a receber boas notícias, ele não terá conexões mentais para poder criá-las sozinho. Em outras palavras, em grande parte, somos nós mesmos que programamos nosso estado de ânimo.
Ser otimista é questão de prática.
É necessário procurar, encontrar e registrar o que te faz feliz. Dessa forma, é muito mais fácil manter o bom humor. Um jeito de fazer isso é fazer para si mesmo perguntas positivas, que abrem as portas das possibilidades, ao invés de fechá-las. Em quase todas as situações você pode perguntar «o que há de bom nisso?». Essa é uma forma simples de mudar o estado de ânimo e o tipo de pensamentos. Basta uma ajudinha da gratidão.

2. O mal é tão valioso quanto o que é bom

«É possível que você tenha medo de que, ao esperar o melhor, fique mais vulnerável à desgraça. A chave é se acostumar a aceitar os sentimentos que causam danos, e não evitá-los», continua o psicoterapeuta.
O escritor americano ganhador do prêmio Nobel de literatura, Tony Morrison, disse muito claramente, «Quero sentir o que sinto, o que é meu, inclusive o que não é felicidade, porque eu sou a única coisa que tenho». Sentir vergonha ou esconder as preocupações, e fugir delas por medo da dor, te deixa preso a uma experiência sem vida. Você elimina a possibilidade de aprender uma lição para que o mal não aconteça de novo.


3. Suportar é melhor que se torturar

Em «Como não é preciso se preocupar: guia para dominar a vida», um livro muito antigo e editado em 1934, o pastor James Gordon Gilkey nos dá um conselho incrível: «Quando você está passando por um momento difícil, o primeiro erro está em tentar entender por que as coisas aconteceram. Em geral, isso traz confusão, desespero e autocompaixão».
A maior parte das situações difíceis na vida é inexplicável. É possível suportá-las, superá-las e esquecer pouco a pouco. Quando paramos de tentar encontrar a explicação lógica, a tensão em nosso interior dá lugar à calma, e é ela que nos ajuda a encontrar uma saída.
Desde pequenos nos ensinam que ganhar significa lutar e destruir. É assim também na juventude. Muitas dificuldades que passamos na adolescência são, em geral, efêmeras, e, no final, é uma mistura de coragem, força de vontade e perseverança o que nos ajuda a superá-las. Mas à medida que os anos passam, a situação muda, e percebemos que em nosso pequeno mundo há muros como os de uma prisão que não podem ser destruídos facilmente. E todos os dias precisamos entrar na parte cercada por esses muros, com alegria ou com ódio no coração. À medida que novas e difíceis circunstâncias aparecem, é preciso mudar a técnica para vencer sem atacar os muros. Vencer já no interior.


4. Preocupe-se com os outros

Uma das formas de se sentir bem, segundo o cristianismo, é rezar pelos outros. Você não precisa ser muito religioso para desejar o bem à pessoa que passa na sua frente e sentir alívio por isso.
O autor de um artigo do New York Times conta o que o ajudou a enfrentar alguns ataques de pânico: «Sentei em um banco no parque e comecei a rezar. Rezei pela babá que empurrava um carrinho de bebê, pela jovem que passou correndo, pelo pequeno que andava de bicicleta. Rezei para que cada um deles conquistasse o que eu queria para mim: saúde, paz interior e estabilidade financeira. Ao focar nos outros, entendi que meus problemas não são tão diferentes dos problemas deles, e parei de me pressionar».

5. Ame, não tema

«No final, todas as emoções do nosso coração se traduzem em apenas duas: amor e temor. E elas não podem existir simultaneamente», diz a psicóloga Olga Prohorova. Ela continua: «Em cada situação, escolhemos entre amar (acreditar, aceitar, investir, dar, cuidar) ou temer (não confiar, fugir, eliminar, atacar, manipular)». Se você decide amar, eliminará o medo da sua alma. Ao escolher o outro caminho, você vai se sentir cada vez mais mergulhado em um poço de ansiedade onde não há lugar para o amor.
Esta frase bem curta pode ser usada como treino cada vez que o medo bater à porta: «escolho amar, não temer».

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